27/02/2015

A Essência



A ESSÊNCIA

Discreto, medito serenamente,
Deixo p’ra trás intelecto, razão
E ultrapasso a barreira da mente
Batendo à porta da intuição.

Sinto a languidez do corpo dormente,
– Entrada profunda em introspeção –,
Como se a falta de força aparente
Possa levar-me à iluminação.

Absorvo o aroma da rosa mística,
Bebo dos segredos da existência
(Qual êxtase de obra-prima artística).

Sou discípulo, longe da ciência,
Que sem preocupação linguística
Quer escutar do Mestre a sua essência.

© Jorge Nuno (2015)

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